No gráfico acima com dados do banco Mundial, vemos a evolução do Produto Interno Brasileiro entre os anos de 1994 e 2015: passamos de 478 bilhões de dólares para 2.375 milhões, ou seja, aumentamos nosso PIB em 4,9 vezes. Dentre os 20 maiores do mundo, apenas China, Rússia, Turquia, Índia e Indonésia cresceram mais que o Brasil. Comparando a partir de 2002, no entanto, apenas China e Rússia cresceram mais do que nosso País. Inclusive países que normalmente são referenciados com o Brasil, como México, Korea e Chile, também não apresentaram nenhuma vantagem: o México, em 1994, quando aderiu à ALCA, tinha uma economia equivalente a do Brasil; hoje é apenas a metade. Com a Korea aconteceu praticamente a mesma coisa. E o Chile, que tem uma economia menor do que a do Estado do Rio de janeiro, cresceu apenas 5,1 vezes no período, contra 4,9 vezes do Brasil. O gráfico mostra que no período logo após o Plano Real houve um crescimento importante até 1997, mas a partir daí o próprio Plano Real cobrou seu preço: juros altos e real valorizado acabaram por enfraquecer a Economia, com menos competitividade na Indústria, perdas de divisas, aumento do desemprego, queda da massa salarial… Houve crises importantes, mas localizadas, em algumas regiões do mundo – México, Rússia, países da Ásia- trazendo problemas para o Brasil . A partir de 2004, no entanto, o País alavancou-se, ajudado por um boom comercial internacional significativo , notadamente no que se refere às grandes exportações de commodities para a China, e aos novos mercados conquistados, composto de países que inicialmente não sofreram os efeitos da crise mundial de 2008/2009. Políticas de transferência de renda, valorização do salário mínimo, ganhos reais nos salários e aumento do crédito, ajudaram a diminuir o desemprego, aumentar a massa salarial e, assim, formar um mercado interno vigoroso que tem ajudado a dar sustentação à Economia. Nos últimos dois anos o Brasil está com problemas de crescimento, sem as mesmas oportunidades de antes e aparente descompasso entre ação governamental e empresariado. O PIB brasileiro teve crescimento discreto em 2014, de 0,1% e um resultado negativo de -3,8% em 2015. Como houve desvalorização do Real em 2015, o Produto Interno Bruto do País teve uma forte queda em dolares, certamente perdendo o sétimo lugar no ranking do Banco Mundial para Índia, mas ainda ficando a frente da Russia e Itália, países que seguiam mais perto o Brasil, mas que também não tiveram bom desempenho em 2015, um ano muito difício para a maioria dos países.
A Agropecuária correspondeu a 5,2% no valor produzido, crescendo 1.8% com destaque para soja e o milho, mas a industria participando com 22,7% do produto, tem um decréscimo de 6,2%: Este ultimo percentual foi formado por um decréscimo de 9,7% na industria de transformação, onde houve grande queda na industria automobilística, de 7,6% na construção civil e 1,4% na industria de serviços públicos. A extrativa mineral teve um acréscimo de 4,9 % (petróleo e minério de ferro). No setor de serviços o maior de todos (72,1%), o destaque negativo foram o comercio(-8,9%) e transporte e armazenagem (-6,5%)