No gráfico acima vemos o saldo da balança comercial brasileira negativo apenas durante o período 1995 – 2000 e agora em 2014. Durante 1995 – 2000 contribuiu para este resultado a valorização excessiva do Real, que estimulava as importações e não incentivava as exportações. Este panorama era favorável ao controle da inflação, embora com prejuízo para nossa balança de transações correntes. A insustentabilidade de nossas contas externas obrigou o Governo a realizar em 1999 a desvalorização do Real e, assim, pavimentar o caminho para recuperação de nossas exportações, e o consequente saldo comercial. Já em 2001 obtivemos saldo positivo, que se repetiu em 2002 e passou a aumentar consideravelmente nos anos seguintes , com as importações crescendo em ritmo inferior ao das exportações: entre 2005 e 2007 tivemos um saldo superior a 40 bilhões de dólares, valor que não se sustentou com a crise mundial, a partir de 2008 . Mesmo tendo havido uma recuperação em 2010 , o cenário mundial se deteriorou fortemente na Europa e na Argentina, além da redução do crescimento da China; a este quadro internacional negativo se somou a falta de competitividade da indústria brasileira: nosso saldo em 2015 foi positivo apenas porque reduzimos nossas importações, notadamente na conta do petróleo .