O gráfico acima mostra a evolução do valor das exportações brasileiras a partir de 1994, ano de implantação do Plano Real. Para sustentar seu objetivo, um dos instrumentos usados pela equipe econômica que administrava o Plano foi o monitoramento do câmbio, com grande apreciação da moeda e o dólar valendo um preço médio de R$ 0,64 em 1994. Esta valorização do Real, que só veio a ser parcialmente corrigida em 1999, causou grande prejuízo ao setor exportador brasileiro que não conseguia competir no mercado internacional, ficando sem evolução entre os anos 1994 e 2002 . Neste período ainda ocorreram crises financeiras em países importantes, como o México e Rússia, afetando fortemente a disponibilidade de crédito no mundo e atrapalhando a credibilidade dos países emergentes. Com a moeda mais perto do seu valor correto e com a Economia mundial aumentando fortemente sua demanda, o Brasil teve a oportunidade de expandir suas exportações a partir de 2003 . Contribuíram para esta expansão o aumento da demanda chinesa por nossas commodities e a diversificação de destino para as exportações – hoje o País tem relação comercial com mais de 200 nações. Preponderantemente o Brasil tem sido um exportador de produtos manufaturados ou semimanufaturados, mesmo com aquele grande avanço das commodities. Os principais produtos da pauta brasileira de exportações são a soja, minério de ferro, petróleo e combustíveis, carnes, produtos químicos, produtos metalúrgicos, açúcar e etanol, máquinas e equipamentos e papel e celulose. Mas também exportamos aviões para os EUA. Nosso maior destino de exportações em 2015 foi a América Latina e o Caribe (39,09 bilhões de dólares), União Européia (33,94), China (35,60) e Estados Unidos (24,07) e Argentina (12,8). A crise econômica mundial de 2008 interrompeu um ciclo de crescimento de 9 anos em nossas exportações, refletindo-se em 2009 com uma queda de 22,7%, mas logo se recuperando em 2010 e atingindo um pico em 2011, com 256,0 bilhões de dólares. Nos anos seguintes o Brasil não conseguiu manter este nível de exportações em face do pouco crescimento da China e da demora na recuperação europeia e de nossos parceiros mais próximos da América Latina e Caribe. Além disto, nossa Indústria tem perdido competitividade face a um câmbio ainda desfavorável, infraestrutura deficiente, juros elevados, ambiente de negócios desestimulante e carga tributária alta e complexa, problemas que habitam o País por décadas.