No gráfico acima vemos a evolução da taxa SELIC, criada em 1996 para determinar os juros dos empréstimos interbancários e servir como base para a fixação de rendimento de títulos públicos. Embora os juros sempre tenham sido utilizados como instrumento contra inflação , foi somente a partir de 1999, com a criação do Regime de Metas para a Inflação, que ela passou a ser utilizada nos moldes dos dias de hoje, como instrumento para seu controle . Os juros pagos no País também são um atrativo para capitais internacionais, instrumento importante quando as reservas cambiais são reduzidas e o País tem problemas de solvência em suas contas internacionais. Quando foi criada valia 23,28%, mas chegou a ser de 45% em março de 1999, quando a situação do País era muito difícil: houve acordo com o FMI e grande desvalorização cambial. A partir do ano 2000, quando então parecia que ela pudesse vir a ser usada como um instrumento previsível de política monetária, isto não tem acontecido na Economia Brasileira. E o principal motivo para esta imprevisibilidade parece ser a incapacidade de avaliar corretamente o seu “timing” , tanto no que se refere ao momento exato para sua alteração, como na avaliação correta do tempo para seus efeitos.