No gráfico acima vemos a evolução da carga tributária brasileira a partir do Plano Real. Com a estabilidade monetária era de se pressupor que o ambiente tributário brasileiro se acertasse ao longo dos anos. Não foi o que aconteceu: centenas de leis, decretos, portarias e regulamentos continuam a aparecer na vida privada das pessoas e no ambiente de negócios, a ponto de a carga tributária brasileira ser uma das mais altas e complexas do mundo, gerando custos para as empresas e insegurança jurídica. O gráfico aponta que a carga tributária cresceu entre 1994 e 1999, para ficar praticamente estabilizada até 2010, em percentual sobre o PIB; em termos absolutos ela até bateu record em alguns anos . Já a partir de 2011, no entanto, ela passou a crescer nos dois sentidos . Segundo o Banco Central, A carga tributária brasileira total em 2013 (35,9% do PIB) dividiu-se em 24,8% para a União, 9,1% para os Estados e apenas 2,1% para os Municípios, estes últimos sempre dependentes de repasses federais. Para a União, os principais recolhimentos são para a Seguridade Social, 13,3%, e Imposto de Renda, 6,2%. Para os Estados o principal imposto é o ICMS, com 7,5%.