O Índice De GINI mede a desigualdade da distribuição de renda em um País ou região. Vai de zero a 1, e quanto mais se aproxima de zero significa melhor distribuição. Aproximando-se de 1, pior é a distribuição. A curva que se formou no gráfico acima apresenta uma certa estabilização até 2001 embora tenha havido, nos primeiros anos após o Real, aumento da renda média
e do consumo das classes “C” e “D”
. Até aquele ano a má distribuição reduziu-se apenas 1,32%, enquanto nos 12 anos seguintes a redução foi de 11,58%. De acordo com estudos realizados pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas a classe média brasileira passou de 65,9 milhões em 2003 para 118,0 milhões até 2013
. E a redução do número de pessoas nas classes D/E, as mais pobres, foi de 47,3 milhões, um resultado espetacular
. A mobilidade social que se verificou no período ocorreu em face de alguns eventos importantes verificados: a valorização real do salário mínimo, a queda do desemprego
, o aumento da corrente do comércio exterior, o aumento do crédito e a transferência direta de renda pelo Governo através de programas sociais e da Previdência Social. Este conjunto de fatos resultou em aumento significativo da massa salarial paga ao trabalhador, afinal ascendido à “classe média”. Criou-se um mercado interno importante com muitos efeitos multiplicadores autossustentáveis. A partir de 2011, com o baixo crescimento
, o País sente dificuldade de continuar a promover a melhoria na desigualdade da distribuição de renda,mas mesmo assim junto o IPEA e de acordo com Pequisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAB/IBGE) nos últimos 6 anos(2009-2014), o números de pobre no pais reduziu em 35%, e o de extremamente pobre em 40%, um resultado surpreendente.