O gráfico acima demonstra a evolução da produção siderúrgica entre 1994 e 2015. Exprime o somatório da produção de aço bruto, ferro gusa e laminados de aço. A suavidade da evolução dos dados mostra que a Siderurgia não é sensível a humores temporários de mercado. O parecer abaixo é do 26º Congresso Brasileiro do Aço: “A conjugação de fatores conjunturais e estruturais acabou por reduzir drasticamente as atividades de setores intensivos em aço, impactando fortemente a demanda interna de produtos siderúrgicos e aprofundando o persistente processo de desindustrialização do País. Essa situação é agravada pelas importações diretas e indiretas de aço, na sua maioria provenientes da China e em condições de comércio desleal que não cumprem as regras da OMC. A indústria brasileira do aço pode registrar, em 2015, o 2º ano consecutivo de consumo decrescente, atingindo nível de 2007. No plano estrutural, fatores conhecidos como Custo Brasil, que fogem ao controle das empresas, mas que acabam por impactar os seus resultados continuam reduzindo a competitividade sistêmica da indústria do aço e da indústria de transformação. Como consequência desse conturbado cenário, a indústria brasileira do aço opera com menos de 70% de sua capacidade instalada, o que a levou a paralisar/desativar equipamentos, demitir colaboradores e adiar investimentos. No mundo, o maior problema enfrentado pela indústria do aço é o excesso de capacidade de produção, da ordem de 719 milhões de toneladas, que tem pressionado, globalmente, preços e margens. A maior parte deste excedente de capacidade encontra-se na China, país que conta, principalmente, com subsídios governamentais que propiciam vantagens de custos indevidas”.