A Balança de transações correntes é o registro de todos os serviços, rendas e transferências monetárias que ocorrem entre o Brasil e o mundo. Assim, nela estão incluídas as exportações, importações, lucros e dividendos transferidos ao exterior, juros pagos e gastos de viagem no exterior, despesas de transporte e seguro… O gráfico acima mostra que apenas entre 2003 e 2007 o saldo foi positivo. No primeiro período, de 1994 a 2002, nossas transações correntes sempre foram negativas , mas compensadas pelos investimentos estrangeiros decorrentes do programa de privatização. Houve alguns momentos críticos de solvência para o País, pois nossas reservas internacionais eram muito reduzidas: no ano de 2000 chegou a ser de 33 bilhões de dólares . A Partir de 2003 e até 2007 o País passou a contar com um saldo comercial superior a 40 bilhões de dólares e permitiu um superávit em nossas transações correntes, mas já a partir de 2008 o saldo passou a ser negativo em face da queda do saldo comercial e da muitas rendas enviadas ao exterior – contraditoriamente, em função do crescimento da Economia Brasileira – tipo lucros e dividendos pelas empresas e muito gasto com viagens internacionais. Somente nestes dois quesitos, nos últimos 5 anos, o Brasil enviou ao exterior 222 bilhões de dólares, quase o equivalente ao PIB do Chile. O déficit em transações correntes, que atingiu o pico negativo em 2014, com saldo de -91,2 bilhões de dólares, tem sido compensado ou atenuado pela entrada de investimentos estrangeiros no País. Começou a ser corrigido em 2015 com a desvalorização do Real e a melhoria da balança comercial.